Aumento nos custos do barril de petróleo e ajustes tributários são os principais fatores para a alta nos combustíveis, impactando o bolso dos consumidores.

A partir de fevereiro, os brasileiros podem sentir um novo impacto no bolso com o aumento nos preços da gasolina e do diesel. Especialistas apontam que a alta nos custos do barril de petróleo no mercado internacional e possíveis ajustes tributários são os principais motivos para a elevação dos valores nos postos de combustível. Esse cenário preocupa tanto os consumidores quanto os setores que dependem diretamente desses produtos, como transporte e logística.
Nos últimos meses, o preço do barril de petróleo tem sofrido variações significativas devido a fatores geopolíticos, como tensões no Oriente Médio e cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+). Além disso, a recuperação da demanda global após a pandemia tem pressionado os preços, refletindo diretamente nos custos de refino e distribuição de combustíveis.
Outro fator que contribui para a alta é a política de preços da Petrobras, que adota uma estratégia de paridade internacional, alinhando seus valores às flutuações do mercado global. Embora a empresa tenha anunciado reduções pontuais no final de 2023, a tendência para os próximos meses é de reajustes para cima, especialmente diante do cenário internacional volátil.

Além disso, o governo federal pode revisar a carga tributária sobre os combustíveis. Atualmente, a gasolina e o diesel são tributados pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pela Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Qualquer aumento nessas taxas pode elevar ainda mais os preços finais para o consumidor.
O impacto do aumento dos combustíveis não se limita ao bolso dos motoristas. Setores como transporte de carga, ônibus urbanos e aplicativos de mobilidade também serão afetados, podendo repassar os custos adicionais para os preços de mercadorias e serviços. Isso pode gerar um efeito cascata na economia, pressionando a inflação e reduzindo o poder de compra da população.
Especialistas sugerem que os consumidores busquem alternativas para economizar, como planejar melhor os deslocamentos, optar por veículos mais eficientes ou até mesmo considerar o uso de biocombustíveis, como etanol, que pode se tornar uma opção mais vantajosa dependendo da região.