Moradores do Alto reclamam de perturbação noturna na Praça Nilo Peçanha, em Teresópolis

Barulho excessivo, uso de drogas e presença de menores em bares até altas horas afetam qualidade de vida dos residentes

Moradores do bairro Alto, em Teresópolis, estão enfrentando constantes situações de incômodo devido à perturbação do sossego próximo à Praça Nilo Peçanha e à Escola Ginda Bloch. O problema, que se intensifica durante os finais de semana, inclui bebedeira, uso de drogas, música alta, presença de menores em bares até altas horas, pessoas urinando em locais públicos e muita algazarra. A situação tem gerado insatisfação e preocupação entre os residentes, que relatam impactos negativos em sua qualidade de vida.

Na madrugada do último domingo (9), a revolta dos moradores ganhou destaque nas redes sociais. Eles afirmam que, apesar de já terem acionado os órgãos públicos competentes, nenhuma medida efetiva foi tomada para resolver o problema. O barulho excessivo, que persiste até as 03h ou 04h da madrugada, tem afetado principalmente idosos e crianças com necessidades especiais, que não conseguem descansar adequadamente.

Denúncias e impactos

Os moradores relatam que, após o fechamento dos bares, as pessoas se aglomeram na praça, causando transtornos como barulho, brigas e depredação do espaço público. Além disso, há denúncias sobre a presença de menores de idade nos estabelecimentos, o que configura uma violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“É uma situação insustentável. Não conseguimos dormir, e o barulho é constante. Já acionamos a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar, mas o problema persiste”, desabafa uma moradora que preferiu não se identificar.

Legislação e medidas possíveis

De acordo com a Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais), perturbar o sossego alheio com barulho excessivo ou algazarra é considerado infração, podendo resultar em multa ou detenção. Além disso, a presença de menores em bares após as 22h configura descumprimento do ECA, que prevê medidas protetivas e punitivas para os responsáveis.

Os moradores esperam que as autoridades tomem providências urgentes, como o aumento da fiscalização na região, a aplicação de multas aos estabelecimentos que descumprem as leis e a realização de operações para coibir o uso de drogas e a perturbação do sossego.

Apelo à comunidade

Enquanto aguardam uma solução definitiva, os moradores pedem que a comunidade se mobilize para denunciar os abusos e cobrar ações efetivas das autoridades. “Precisamos unir forças para resolver essa situação. Não podemos aceitar que nosso direito ao sossego seja violado dessa forma”, conclui outro residente.

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